Big Brother Mundo.


Segundo números da própria Rede Globo pode-se notar com facilidade o aumento exponencial da audiência registrada durante os "paredões" semanais em seu reality show Big Brother Brasil 2010. É também de conhecimento comum a popularidade de revistas, matérias, programas e canais de cabo que exclusivamente se preocupam em relatar fatos cotidianos da vida de celebridades. Me atrevo a dizer então que o brasileiro, ou por que não, o ser humano, tem em sua essência, e não de agora, um quê de voyeurismo.

Noto também a ânsia pela denúncia no indivíduo pós-moderno. Vezes até em casos de engajados e vigorosos denunciantes que nada fazem para mudar seus próprios hábitos e costumes. Vejo isso nas eleições, no exercício do direito do consumidor, nos apelos ao consumo consciente e até nas entradas de estádio em clássicos do futebol.

O Google anunciou no no final de 2009 o desenvolvimento de um novo software, com funcionalidade semelhante ao seu bem sucedido Google Earth. O objetivo desse novo programa entretanto é mais estreito, está sendo desenvolvido para ser uma ferramenta na fiscalização do desmatamento no mundo. O projeto é uma iniciativa da parte filantrópica da gigante da internet, a Google.org e foi apresentado durante a conferência climática da ONU em Copenhague. Por enquanto está sendo testado por parceiros da empresa americana, mas segundo Rebecca Moore e Amy Luers, seus representantes, será um serviço gratuíto e em tempo real para qualquer um que queira monitorar o desmatamento e a agressão ambiental via satélite.

Espero que com esse novo programa o potencial vigilante que citei no início do texto seja canalizado e sirva de bom proveito causas um pouco mais interessantes ao mundo.

Comentários

José disse…
Pode ser também que a grande audiencia de programas como o BBB decorram da prórpia insignificancia da vida, do cotidiano, do homem comum, ordinário - que enxerga naquela representação extremamente artificial um escape, como se fosse realmente possivel um novo mundo - uma janela de possibilidade para uma realidade em que pessoas ordinárias, como ele, se tornam idolatradas pelo público. ou não, vai saber...
Murilo disse…
uhum, pra ambos.

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