Consumo de mídia: se vc tem mais de 30 anos, pode ser comparado a um dinossauro.

O mundo publicitário sempre foi e será esquizofrênico. Para quem trabalha no mercado de comunicação ou é docente dessa área e tem mais de 30 anos, sem dúvida todas as "novas" tecnologias se configuram em desafios gigantescos. Ao contrário do que divulgam as propagandas dos aparelhos tecnológicos, passar o corpo e a mente humana do analógico para o digital é mais lento e sofrido do que a propaganda insiste em mostrar. Twitar, blogar, ou skypear são verbos tão confortáveis quando dormir em cama de prego para quem cresceu sem celular, ouvindo histórias orais, vendo TV e lendo livros. Não que não dê para se adaptar, mas essa adaptação exige esforço, não é natural. Como a recente pesquisa do Ibope sobre consumo de mídia mostrou, o contrário existe pois para a faixa etária de dez a 17 anos, o computador com acesso a internet é o aparelho mais relevante (com 82% no ranking de prioridade), seguido pela TV (65%) e telefone celular (60%). Dos 18 aos 24 nos, o líder do ranking passa a ser o telefone celular (78%), com computador ligado à rede (72%) e TV (69%) em sequência, o que tem pequenas diferenças em relação ao próximo grupo, dos 25 aos 34: celular (81%), TV (73%) e computador (65%). Na média geral da população, a TV fica na liderança da pesquisa, com77% de preferência.

E todas as campanhas atualmente parecem ser focada para jovens, mesmo os que tem 60 anos são mostrados como se 20 tivessem, e é pecado falar em mídias tradicionais. Tomara q esse boom da novidade passe logo para q possamos ver as coisas com mais clareza e perceber qual a real capacidade das novas mídias de comunicar e persuadir. Enquanto isso, é melhor por as barbas de molho (conelho para quem tem mais de 30 anos, naturalmente).

Comentários

Murilo disse…
Gostei do post, Con. Eu converso esse assutno em família por vez ou outra, é engraçado.

Abraço.
Já perdi a conta de quantas vezes tive que usar analogias com a vida offline pra explicar fenômenos online para minha mãe.
Na mais recente, sobre o Twitter, disse que a ferramenta é como "um bando de gente falando na rua (usuários), onde alguns vendem seu peixe (perfis institucionais) e outros só falam asneiras (fakes, mimimi, etc), e vc presta atenção (ou segue) quem achar mais interessante (ou relevante). A integração com um site ou blog seria equivalente a chegar em casa (casa = site ou blog) e contar o que viu na rua para quem está na sala (= home page).

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