Na moral, passa o celular, chiclete, dinheiro, bilhete único...
É incrivel como as coisas acontecem, nesta sexta-feira, enquanto comia um pastel com a minha namorada, discutia sobre a questão da legalização das drogas de um modo geral, e um pouco mais, discutiamos sobre a descriminilização.
Os motivos que possuo para argumentar favorável a legalização são inúmeros, e vão desde a questão do real efeito que elas possuem sobre o nosso corpo, a questões mais complexas como o tráfico de armas alicerdado no tráfico de drogas, formação de lobbies, o trabalho infantil, e a questão da sáude em sí.
Pois bem, saimos da pastelaria, levei ela até a casa dela, e quando estava em frente ao ponto de onibus, a 200m de uma base policial, fui assaltado por 5 moleques, o boss devia ter cerca de 12 anos, e tinha um revolver e uma bicicleta.
Tavam meio acelerados, do tipo que iam pegar o celular e trocar por duas ou tres pedras de crack.
É, na hora a gente sempre fica um pouco tenso, até mesmo por que não se sabe nunca qual o nível de tensão que os assaltantes se encontram, mas passado alguns minutos refleti sobre o que faz com que um garoto de 12 anos não possa fumar um pedra de crack, ir para casa e comentar com a mãe dele que fumou um negócio que deu o maior barato.
Eram 22h, nem é tarde para um garoto andar nas ruas com seus amigos, nenhuma mãe acha isto estranho, que nem no Laranja Mecânica, onde Alex e sua Gang saiam as ruas, barbarizavam e terminavam em casa sem que a mãe soubesse o que rolava.
O que quero dizer com estes argumentos é que vejo que a comunicação no processo de combate ao uso de drogas esta truncada, com a proibição e criminalização de determinadas substâncias, tudo o que está ao redor dela passa a ser proibido também, inclusive a conversa aberta, e sem a comunicação aberta, só se trata do problema quando os sinais já são alarmantes, quando o usuário começa a roubar dentro de casa, ou quando ele é preso, quando leva uma bala, e por ai vai.
Defendo a legalização e descriminilização por que acredito que uma vez que isto possa ser conversado, o caminho para o combate efetivo ao uso será muito mais eficaz. Mas enquanto isto não acontece, o que fica é a escola e os pais, que proibem o adolescente de fazer tudo, enquanto a faze que ele está, até mesmo em termos hormonais é a de desafiar, de contestar. E de outro lado a galera legal e descolada, que deixa ele fazer o que quiser, e ainda oferece um negócinho que dá o maior barato.
A proposito, quando me assaltaram, o boss pediu que eu passase o celular, chiclete, dinheiro e bilhete único, isto depois de me mostrar duas vezes a arma. Me esqueci que tinha dinheiro, mas falei que ele podiam pegar tudo na boa, deixei eles colocarem a mão no meu bolso e pegaram tudo, não encontraram o dinheiro, felizmente, acho que se tivessem encontrado podiam ficar meio bravos com uma suposta mentira, mas iam levando um pacote de lenços de papel, o chiclete e o celular novo, com plastiquinho de proteção ainda, já que no sabádo passado fui assaltado, e meu bilhete único.
Pedi para eles que me devolvessem o bilhete único para que eu pudesse chegar em casa, o boss ordenou, deixa ele com o bilhete.
Os motivos que possuo para argumentar favorável a legalização são inúmeros, e vão desde a questão do real efeito que elas possuem sobre o nosso corpo, a questões mais complexas como o tráfico de armas alicerdado no tráfico de drogas, formação de lobbies, o trabalho infantil, e a questão da sáude em sí.
Pois bem, saimos da pastelaria, levei ela até a casa dela, e quando estava em frente ao ponto de onibus, a 200m de uma base policial, fui assaltado por 5 moleques, o boss devia ter cerca de 12 anos, e tinha um revolver e uma bicicleta.
Tavam meio acelerados, do tipo que iam pegar o celular e trocar por duas ou tres pedras de crack.
É, na hora a gente sempre fica um pouco tenso, até mesmo por que não se sabe nunca qual o nível de tensão que os assaltantes se encontram, mas passado alguns minutos refleti sobre o que faz com que um garoto de 12 anos não possa fumar um pedra de crack, ir para casa e comentar com a mãe dele que fumou um negócio que deu o maior barato.
Eram 22h, nem é tarde para um garoto andar nas ruas com seus amigos, nenhuma mãe acha isto estranho, que nem no Laranja Mecânica, onde Alex e sua Gang saiam as ruas, barbarizavam e terminavam em casa sem que a mãe soubesse o que rolava.
O que quero dizer com estes argumentos é que vejo que a comunicação no processo de combate ao uso de drogas esta truncada, com a proibição e criminalização de determinadas substâncias, tudo o que está ao redor dela passa a ser proibido também, inclusive a conversa aberta, e sem a comunicação aberta, só se trata do problema quando os sinais já são alarmantes, quando o usuário começa a roubar dentro de casa, ou quando ele é preso, quando leva uma bala, e por ai vai.
Defendo a legalização e descriminilização por que acredito que uma vez que isto possa ser conversado, o caminho para o combate efetivo ao uso será muito mais eficaz. Mas enquanto isto não acontece, o que fica é a escola e os pais, que proibem o adolescente de fazer tudo, enquanto a faze que ele está, até mesmo em termos hormonais é a de desafiar, de contestar. E de outro lado a galera legal e descolada, que deixa ele fazer o que quiser, e ainda oferece um negócinho que dá o maior barato.
A proposito, quando me assaltaram, o boss pediu que eu passase o celular, chiclete, dinheiro e bilhete único, isto depois de me mostrar duas vezes a arma. Me esqueci que tinha dinheiro, mas falei que ele podiam pegar tudo na boa, deixei eles colocarem a mão no meu bolso e pegaram tudo, não encontraram o dinheiro, felizmente, acho que se tivessem encontrado podiam ficar meio bravos com uma suposta mentira, mas iam levando um pacote de lenços de papel, o chiclete e o celular novo, com plastiquinho de proteção ainda, já que no sabádo passado fui assaltado, e meu bilhete único.
Pedi para eles que me devolvessem o bilhete único para que eu pudesse chegar em casa, o boss ordenou, deixa ele com o bilhete.
Comentários
E realmente, proibir proibir proibir não é a questão...acho bem mais eficiente abrir o jogo e mostrar o que o abuso de drogas faz com a pessoa. Deixar no plano do imoral é o jeito mais fácil de não se dar ao trabalho de explicar. E mesmo, pq não experimentar algo leve para quebrar a rotina? Essa é a função social do álcool, e desde o tempo de Jesus dá certo. Basta saber dosar.
Sobre as drogas, esse vídeo é interessante:
http://www.youtube.com/watch?v=ySuEreU_I-s
Espero que apreciem. Bjs., lu.