MP contra o filme da Brahma com Ronaldo
Eu evitei fazer esta critica porque parece a mesma critica de sempre, em relação aos publicitários que não tem nenhum escrúpulo como o Nizan Guanaes, que associa qualquer coisa a qualquer fato unicamente para vender um conceito. Acabei não falando nada, mas fiquei feliz de saber que houve uma repercursão critica em relação ao filme, e em particular estou torcendo para que saia a indenização merecida.
Ministério Público Federal ajuiza ação contra a propaganda da Brahma com o jogador Ronaldo
Publicada em 15/05/2009 às 17h33m
Lino Rodrigues
SÃO PAULO - O Ministério Público Federal em São José dos Campos, no interior paulista, ajuizou na última segunda-feira ação civil pública pedindo a condenação por danos morais e coletivos da Ambev e da África Publicidade pela produção e veiculação nas emissoras de televisão do comercial em que o jogador Ronaldo, do Corinthians, aparece como garoto-propaganda da cerveja Brahma, segunda marca mais vendidas no país. Para o MPF, o filme - que está no ar desde o início de março - desrespeita o Código de Autorregulamentação Publicitária e fere o princípio da responsabilidade social por induzir os mais jovens a consumir bebida alcóolica.
Na ação, o MPF pede indenização em valor "condizente com o milionário volume financeiro envolvido". O procurador da República em São José dos Campos, Fernando Lacerda Dias, autor da ação, disse que não aceitará valor indenizatório inferior a R$ 1 milhão - dinheiro que iria para o Fundo Nacional Antidrogas ou para o Fundo de Direitos Difusos, mantidos pelo Ministério da Justiça.
A Ambev chegou a fazer uma nova versão do comercial, que saiu do ar na quinta-feira, onde Ronaldo trocou a palavra "brameiro" por "guerreiro" e deixou de fazer o brinde com o copo do produto, na tentativa de descaracterizar a influência do jogador no consumo da bebida pelos telespectadores. A primeira versão, que foi ao ar no dia 9 de março, foi substituída no início de abril.
Assista ao vídeo da 1ª versão do comercial
- Essa mudança até reforça a tese da ação civil pública de que havia desrespeito ao Código de Autorregulamentação Publicitário e as normas do Conar - afirmou Dias.
Para o procurador, o comercial "Ronaldo 2009", independente da versão, não está preocupado em difundir a marca e muito menos as suas características, mas sim associar o consumo de cerveja ao sucesso do jogador, que ficou afastado dos campos de futebol por problemas de lesão, mas voltou a jogar há dois meses e foi um dos responsáveis pelo título do Campeonato Paulista conquistado pelo Corinthians.
- Não há nenhuma dúvida de que o comercial, através de sua mensagem, induz o consumidor a pensar, de forma consciente e inconsciente, que aquele produto está de alguma forma associado a um maior êxito profissional e induz no consumidor o pensamento de que aquele que é batalhador deve beber a cerveja anunciada - afirmou Dias.
O procurador de São José já havia movido outras ações contra as cervejarias. No Carnaval deste ano, ajuizou uma ação condenatória (indeferida pela Justiça) contra a Skol, outra marca da Ambev. Também mantém outra ação contras as cervejarias com o objetivo de discutir judicalmente a resposabilização civil pelo crescimento dos danos sociais e individuais induzidos pelos comerciais de cerveja.
A Ambev informou, via assessoria, que só irá se manifestar depois que for notificada pelo MPF. Já a África, agência que tem à frente o publicitário Nizan Guanaes, que assina a direção de criação do comercial, afirmou, também por meio de sua assessoria, que as explicações sobre o assunto serão concentradas na Ambev.
Fonte: Globo.com
Publicada em 15/05/2009 às 17h33m
Lino Rodrigues
SÃO PAULO - O Ministério Público Federal em São José dos Campos, no interior paulista, ajuizou na última segunda-feira ação civil pública pedindo a condenação por danos morais e coletivos da Ambev e da África Publicidade pela produção e veiculação nas emissoras de televisão do comercial em que o jogador Ronaldo, do Corinthians, aparece como garoto-propaganda da cerveja Brahma, segunda marca mais vendidas no país. Para o MPF, o filme - que está no ar desde o início de março - desrespeita o Código de Autorregulamentação Publicitária e fere o princípio da responsabilidade social por induzir os mais jovens a consumir bebida alcóolica.
Na ação, o MPF pede indenização em valor "condizente com o milionário volume financeiro envolvido". O procurador da República em São José dos Campos, Fernando Lacerda Dias, autor da ação, disse que não aceitará valor indenizatório inferior a R$ 1 milhão - dinheiro que iria para o Fundo Nacional Antidrogas ou para o Fundo de Direitos Difusos, mantidos pelo Ministério da Justiça.
A Ambev chegou a fazer uma nova versão do comercial, que saiu do ar na quinta-feira, onde Ronaldo trocou a palavra "brameiro" por "guerreiro" e deixou de fazer o brinde com o copo do produto, na tentativa de descaracterizar a influência do jogador no consumo da bebida pelos telespectadores. A primeira versão, que foi ao ar no dia 9 de março, foi substituída no início de abril.
Assista ao vídeo da 1ª versão do comercial
- Essa mudança até reforça a tese da ação civil pública de que havia desrespeito ao Código de Autorregulamentação Publicitário e as normas do Conar - afirmou Dias.
Para o procurador, o comercial "Ronaldo 2009", independente da versão, não está preocupado em difundir a marca e muito menos as suas características, mas sim associar o consumo de cerveja ao sucesso do jogador, que ficou afastado dos campos de futebol por problemas de lesão, mas voltou a jogar há dois meses e foi um dos responsáveis pelo título do Campeonato Paulista conquistado pelo Corinthians.
- Não há nenhuma dúvida de que o comercial, através de sua mensagem, induz o consumidor a pensar, de forma consciente e inconsciente, que aquele produto está de alguma forma associado a um maior êxito profissional e induz no consumidor o pensamento de que aquele que é batalhador deve beber a cerveja anunciada - afirmou Dias.
O procurador de São José já havia movido outras ações contra as cervejarias. No Carnaval deste ano, ajuizou uma ação condenatória (indeferida pela Justiça) contra a Skol, outra marca da Ambev. Também mantém outra ação contras as cervejarias com o objetivo de discutir judicalmente a resposabilização civil pelo crescimento dos danos sociais e individuais induzidos pelos comerciais de cerveja.
A Ambev informou, via assessoria, que só irá se manifestar depois que for notificada pelo MPF. Já a África, agência que tem à frente o publicitário Nizan Guanaes, que assina a direção de criação do comercial, afirmou, também por meio de sua assessoria, que as explicações sobre o assunto serão concentradas na Ambev.
Fonte: Globo.com
Comentários